O FC Porto garantiu o primeiro reforço para a nova época, na ada quinta-feira, quando oficializou a contratação de Gabri Veiga, junto do Al-Ahli Jeddah, por 15 milhões de euros, embora tais valores possam ainda chegar, mediante variáveis, aos... 19 milhões.
Entre estes valores, curiosamente, fica o 17, precisamente aquela que será a camisola do médio espanhol ao serviço dos azuis e brancos, embora se trate de um número que não trouxe a melhor das sortes ao seu 'antecessor'.
Falamos, claro, de Iván Jaime. O avançado emprestado ao Valencia chegou ao Dragão no verão de 2023, mas demorou até convencer Sérgio Conceição, ao ponto de ter sido titular em apenas sete dos 29 jogos realizados na primeira temporada.
Com apenas um golo no referido período, o ex-Famalicão ainda foi afastado das decisões nas últimas cinco jornadas da I Liga, bem como da final da Taça de Portugal (conquistada diante do Sporting), devido a falta de compromisso, a par de Jorge Sánchez, Toni Martínez e André Franco.
Iván Jaime contabiliza um total de cinco golos e duas assistências em 44 jogos, pelo FC Porto.© Getty Images
Durante a mais recente época, o 'proscrito' de Sérgio Conceição ganhou 'nova vida' com Vítor Bruno e até marcou nos primeiros três jogos, mas acabaria por perder espaço no onze, ao ponto de ser cedido ao Valencia no mercado de inverno. Este é um cenário do qual Gabri Veiga procurará 'fugir' ao máximo.
O peso da camisola (longe da maldição)
Já ficou percetível que atribuir a camisola 17 do FC Porto a um jovem internacional espanhol não parece ter sido boa ideia no ado, mas a verdade é que Iván Jaime figura mesmo como caso único, bastando, para isso, recordar outros jogadores que já envergaram esse mesmo número ao serviço dos dragões.
Olhando para os últimos 30 anos, sem qualquer espanhol na lista, há vários exemplos de atletas de enorme qualidade que optaram por escolher o número 17, desde logo Jorge Couto (1995/96), Barroso (1996/97), Gaspar (1997/98), Dorival (1997/98-1998/99), Alessandro Cambalhota (99/00), no ado século.
Já com a viragem do milénio, juntaram-se outros nomes poderosos como Paulo Assunção (2000/01), Hugo Ibarra (2001/02), Bosingwa (2003/04-2004/05), Jorginho (2005/06), Vieirinha (2006/07), Tarik Sektioui (2007/08 - 08/09), Varela (2009/10-2013/14), Hernâni (2014/15), Jesús Corona (2015/16-2021/22) e Rodrigo Conceição (2022/23).
Posto isto, afasta-se um cenário de maldição ligada ao número 17 azuis e bancos, sendo que não faltam bons exemplos para que Gabri Veiga se possa inspirar nos seus 'antecessores', embora o caso do compatriota Iván Jaime esteja longe de ser o melhor.
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