Embraer estima encomendas de 10.500 jatos até 2044

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer estimou que receberá 10.500 pedidos de novos jatos e turboélices até 2044 e destacou o potencial dos mercados africanos em dois relatórios divulgados hoje.

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Lusa
12/06/2025 15:53 ‧ ontem por Lusa

Economia

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Num documento chamado Market Outlook 2025, que traz a previsão anual da Embraer para entregas de aeronaves comerciais na categoria de até 150 assentos nos próximos 20 anos, a empresa informou esperar que a procura por jatos somará 8.720 unidades e a de turboélices 1.780 unidades, com um valor de mercado dessas aeronaves a atingir 680 mil milhões de dólares (586,3 mil milhões de euros).

 

No mesmo relatório, apontou que o tráfego global de ageiros, medido por receitas por ageiros por quilómetro (RPK), aumentará 3,9% anualmente até 2044. 

A China deverá registar uma taxa de crescimento de 5,7% no tráfego aéreo, seguida pela América Latina (4,7%), África (4,4%), Médio Oriente (4,4%), Ásia-Pacífico (4,1%), Europa (3,1%) e América do Norte (2,4%).

"Hoje, à medida que países e regiões buscam maior autonomia estratégica, a demanda por o regional continuará a crescer. Acreditamos que frotas mistas que combinem aeronaves narrowbody [aviões comerciais com até 200 lugares] de menor e maior porte são essenciais para esse crescimento de longo prazo", destacou Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

"Frotas mistas fornecem a versatilidade necessária para que a capacidade se adeque melhor à demanda, para a expansão de malhas aéreas e para o apoio dos objetivos de desenvolvimento nacional e regional," acrescentou.

Num outro relatório sobre o potencial a ser explorado para aprimorar a conectividade aérea dentro do continente africano, também divulgado hoje pela Embraer em Zanzibar, na Tanzânia, a fabricante destacou que o Produto Interno Bruto (PIB) da África tem crescimento estimado de 3,8% ao ano nos próximos 20 anos e um mercado com potencial de crescimento para voos que classificou como "imenso", graças ao desenvolvimento da conectividade regional.

De acordo com a fabricante de aeronaves brasileira, atualmente 64% dos mercados regionais africanos são servidos com sete voos semanais ou menos, indicando uma oportunidade significativa para aprimorar a conectividade.

Além disso, muitos mercados de origem e destino (O&D) africanos permanecem pouco ou totalmente não servidos por voos diretos, forçando alguns ageiros a fazer conexões em 'hubs' distantes, localizados na Europa ou no Oriente Médio.

 O relatório da Embraer identificou 45 rotas regionais em África não servidas por voos diretos atualmente. Essas rotas poderiam ter múltiplos voos diretos semanais em serviço, apoiando o crescimento económico regional, refere.

"As 10 principais rotas poderiam acomodar pelo menos três voos diretos por semana com uma aeronave de 100 assentos", destacou a empresa.

"Este relatório, e os dados por trás dele, destacam o potencial significativo para novas rotas e para melhorar a conectividade de hubs em toda a África. Ao adotar a aeronave adequada e ao aprimorar as viagens aéreas regionais, a África pode viabilizar novas oportunidades económicas, melhorar a experiência geral de viagem para milhões de ageiros e desencadear o potencial económico do continente," concluiu Stephan Hannemann, vice-presidente de Vendas e Marketing e Head de Aviação Comercial da Embraer em África e no Médio Oriente.

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais até 150 lugares, tem mais de 100 clientes em todo o mundo e mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, no continente americano, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, é acionista maioritária da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, com 65% do capital.

Leia Também: Lula quer linha de financiamento para Angola comprar aviões da Embraer 

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