Juíza encerra caso de deportação de Mahmoud Khalil sem novas provas

Uma juíza de imigração disse que vai encerrar o processo contra o ativista estudantil da Universidade de Columbia Mahmoud Khalil se o Governo dos Estados Unidos não apresentar provas esta semana que justifiquem a tentativa de deportação.

Mahmoud Khalil

© Selcuk Acar/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/04/2025 06:12 ‧ 09/04/2025 por Lusa

Mundo

EUA

Numa audiência realizada hoje no estado do Louisiana, a juíza Jamee Comans deu ao Governo norte-americano 24 horas para apresentar provas que demonstrem que Khalil, um residente permanente legal de 30 anos, deve ser expulso do país pelo seu papel nos protestos no campus contra Israel e a guerra em Gaza.

 

Se as provas não apoiarem a sua expulsão, Comans decretou que vai "encerrar o caso na sexta-feira".

Khalil tem estado detido num centro de detenção remoto em Jena, Louisiana, desde a sua detenção a 8 de março pelas autoridades federais de imigração, a primeira de um número crescente de tentativas de deportação de estudantes estrangeiros que se juntaram a protestos pró-palestinianos ou expressaram críticas a Israel.

Embora a istração Trump tenha sugerido que o papel de Khalil como porta-voz dos manifestantes provou que ele estava "alinhado com o Hamas", ainda não apresentou provas dessa alegação.

Na audiência de terça-feira, o advogado de Khalil, Marc Van Der Hout, disse que "não tinha recebido um único documento" em resposta ao seu pedido de "provas e afirmações" no processo. "Não podemos apresentar queixa enquanto não soubermos quais são as alegações específicas", disse Van Der Hout.

"Tal como o senhor Van Der Hout, também eu gostaria de ver as provas", respondeu o juiz.

O caso de Mahmoud Khalil, que liderou protestos na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, é o mais debatido entre centenas de detenções no âmbito de uma repressão do ativismo anti-Israel nos 'campus' universitários.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, informou na semana ada que os EUA revogaram os vistos a mais de 300 manifestantes pró-Palestina, que apelidou de "maluquinhos".

"Talvez mais de 300 neste momento. Fazemos isso todos os dias, cada vez que encontro um destes 'maluquinhos'", disse Rubio, quando foi questionado sobre o número de revogações de vistos a universitários acusados de ativismo pró-palestiniano.

"Em algum momento, espero que isto chegue ao fim, porque vamos livrar-nos deles", acrescentou Rubio.

Durante a campanha presidencial, o candidato republicano Donald Trump criticou os protestos contra os bombardeamentos israelitas em Gaza e ao apoio do governo do democrata Joe Biden a Israel, sendo também severo em relação às universidades onde essas manifestações se realizavam.

Leia Também: Juiz dos EUA recusa transferir para o Louisiana caso de Mahmoud Khalil

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