Finalista vencida em 1994, 2015 e 2021, a equipa comandada por Rui Jorge vai iniciar a 10.ª participação, e terceira consecutiva, na prova às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), em Trencin, em simultâneo com o outro duelo da 'poule', entre Polónia e Geórgia, em Zilina.
Portugal precisa de ficar num dos dois primeiros lugares para aceder à fase a eliminar do Europeu de sub-21, cuja 25.ª edição decorre com 16 seleções entre quarta-feira e 28 de junho, dia do encontro decisivo, que se disputará no Estádio Tehelné pole, em Bratislava.
Dois anos depois de ter sido eliminado nos quartos de final pela Inglaterra, vencedora da última edição, coorganizada por Geórgia e Roménia, a equipa das 'quinas' reinicia a luta por uma inédita conquista face à França, campeã em 1988 e finalista derrotada em 2002.
Na terça-feira, devido a opção técnica, o lateral esquerdo Francisco Chissumba falhou a convocatória definitiva de Rui Jorge, reduzida para 23 jogadores por imposição da UEFA, juntando-se ao defesa central Eduardo Quaresma, por decisão pessoal, e ao avançado Fábio Silva, lesionado, no trio de dispensados face ao lote original de 26 pré-designados.
Melhor marcador absoluto da qualificação, com oito tentos, Fábio Silva não recuperou de problemas físicos que o afastaram dos últimos seis duelos do Las Palmas, despromovido ao segundo escalão espanhol, e encerrou o seu percurso na seleção de sub-21 como o segundo melhor marcador da história, com 15 remates certeiros, a um de Hugo Almeida.
Igual destino teve o dianteiro Hugo Ekitiké, que também estava pré-convocado, mas está fora das opções de França, assim como Enzo Millot e Arnaud Kalimuendo, um dos dois mais eficazes no apuramento gaulês, com quatro golos, que não foi cedido pelo Rennes.
Soungoutou Magassa, Félix Lemaréchal, Djaoui Cissé e Matthis Abline foram chamados durante o estágio em Clairefontaine para recompor as opções de Gérald Baticle, à frente dos 'bleuets' desde agosto de 2024, após um ano a coadjuvar o 'lendário' Thierry Henry.
O guarda-redes Guillaume Restes, os defesas Kiliann Sildillia, Castello Lukeba, Chrislain Matsima, Ismaël Doukouré e Quentin Merlin, os médios Johann Lepenant, Andy Diouf e Lucien Agoumé e os dianteiros Wilson Odobert, Mathys Tel e Thierno Barry lideram uma França disposta em '3-4-2-1', face ao '4-4-2' losango ou ao '4-3-3' habituais de Rui Jorge.
As lesões, a simultaneidade com o renovado Mundial de clubes, a promoção às seleções principais, que disputaram a 'final four' da Liga das Nações, ou a intransigência dos seus emblemas retiraram a Portugal e França vários elegíveis com trajeto recente nos sub-21.
Tiago Santos, Tomás Esteves, António Silva, Tomás Araújo, Eduardo Quaresma, Renato Veiga, Nuno Mendes, Dário Essugo, João Neves, Vasco Sousa, Rodrigo Mora, Francisco Conceição e Fábio Silva desfalcam os lusos, enquanto os ses não têm Malo Gusto, Leny Yoro, Lesley Ugochukwu, Enzo Millot, Warren Zaire-Emery, Bradley Barcola, Rayan Cherki, Maghnes Akliouche, Désiré Doué, Arnaud Kalimuendo, Elye Wahi e Hugo Ekitiké.
Os gauleses não aram dos 'quartos' nas últimas duas edições e apuraram-se como um dos três melhores segundos colocados, selando o Grupo H com 16 pontos, a um da surpreendente Eslovénia, antes de juntarem dois empates e três vitórias em particulares.
Itália (2-2) e Alemanha (2-2), ambos em novembro, e Inglaterra (5-3) e Eslováquia (0-4), em março, não derrotaram a França, que se impôs em Orléans ao Uzbequistão (2-1), na quarta-feira, face aos golos do estreante Jean-Mattéo Bahoya, de penálti, e de Odobert.
Apurado como vencedor do Grupo G, com 27 pontos em 30 possíveis, Portugal não fez qualquer jogo de preparação nas últimas duas semanas, já depois do empate perante a Ucrânia (3-3) e da vitória face à Eslováquia (1-3), ambos há sete meses, e de uma dupla derrota em março com Roménia (0-1) e Inglaterra (4-2), série jamais sofrida desde 2009.
Em aberturas de fases de grupos, introduzidas em 2000 no Europeu de sub-21, os lusos juntam três vitórias, dois empates e três derrotas, uma delas em Braga perante a França (0-1), sentenciada por Jimmy Briand, em 2006, numa edição decorrida em solo nacional.
Rui Jorge está em funções desde 2010 e vai conduzir Portugal pela quinta vez em fases finais, podendo promover a estreia de Lourenço Henriques, Mathias de Amorim e Roger Fernandes nas seleções jovens, enquanto Henrique Araújo e Paulo Bernardo estão a um e dois jogos, respetivamente, do recorde de 30 duelos de Manuel Fernandes no escalão.